Esportes

Delegações fecham um acordo para expansão da Copa do Mundo para 48 seleções

Uma reunião entre os dirigentes de cada continente do mundo fechou neste domingo, informalmente, um acordo para a maior expansão da Copa do Mundo em sua história. A partir de 2026 serão 48 seleções e não 32 como é o modelo atual. A decisão vai ser confirmada nesta terça-feira, em Zurique, abrindo o caminho para uma explosão na renda da Fifa. Nos próximos meses, porém, uma disputa acirrada será estabelecida para determinar quem ficará com as vagas.

Nesta terça-feira, em Zurique, a Fifa votará a maior expansão do torneio em seus quase 100 anos. Ninguém esconde que a motivação seja financeira. Com novas seleções, a entidade teria uma renda elevada a um recorde de R$ 21 bilhões (US$ 6,5 bilhões). Em comparação ao Mundial da Rússia, em 2018, o aumento seria de US$ 1 bilhão e 35% acima do que obteve na Copa de 2014 no Brasil.

A própria entidade admite que a qualidade do futebol vai sofrer e vem recebendo críticas da atual campeã do mundo, a Alemanha.

Com o número de 48 definido, a briga agora será por vagas. A Conmebol insiste que quer sete para a América do Sul, o que é alvo de críticas de outras regiões que alertam que o continente tem apenas 10 times.

Para convencer os europeus, a Fifa acena com uma expansão de 13 para 16 vagas, enquanto que a África passa de 5 para 9. Outra proposta indica 6,5 para a Concacaf, 8 para asiáticos e uma para a Oceania. O modelo, porém, não está fechado. Só em renda com as TVs e direitos vendidos, o salto seria de meio bilhão de dólares.

Durante o encontro deste domingo, a África chegou a propor que, em um primeiro momento, a Copa fosse expandida para 40 e só depois para 48. Mas foi voto vencido.

ESTRUTURA – No total, 80 jogos seriam disputados. Mas a Fifa promete que pode realizar o torneio no mesmo período que o atual modelo, com 32 dias. Aos clubes, a entidade também promete não aumentar o número de dias com atletas cedidos às seleções e que, no total, um time que chegue à final disputaria apenas sete partidas. Esse é o mesmo número do atual modelo de Copa.

Questionado pelo jornal O Estado de S.Paulo se haveria já um acordo, o suíço Gianni Infantino, presidente da Fifa, desconversou. “Vocês ouviram a nova proposta?”, disse. “Uma Copa com 64 times”, brincou.

O suíço também tem a sua credibilidade colocada em risco. Se o projeto passar, ele demonstrará que tem legitimidade e que a sua promessa de campanha tinha apoio. Mas se fosse derrotado, poderia ter a sua posição seriamente enfraquecida em uma entidade que ainda não se reergueu.

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