Uma nova ação movida pelo conselheiro Newton Luiz Ferreira, o Newton do Chapéu, pode mudar os rumos da eleição para presidente do São Paulo. Ele pede que todos os conselheiros vitalícios eleitos a partir de agosto de 2004 sejam impedidos de participar do pleito, marcado para esta terça-feira, ou que, caso a Justiça não concorde, que a eleição seja adiada para o dia 29 de abril.
“A gente está na expectativa de um despacho do juiz, mas ele não tem obrigação e prazo para dar a decisão. Nada garante que sairá antes das 19 horas desta terça-feira. O pedido está posto, nós estamos na expectativa de que saia uma decisão antes das 19h. Se a liminar for deferida, pode causar impactos práticos na eleição”, explica Igor Peres Navarro, do escritório Gomes & Navarro Advogados.
A oposição do São Paulo afirma que não tem relação com essa ação de Newton do Chapéu, apesar de o conselheiro apoiar a candidatura de José Eduardo Mesquita Pimenta. Já a situação, que tenta a reeleição de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, mobilizou seus advogados para tentar manter a data.
Os apoiadores de Leco foram pegos de surpresa com a ação e acham que, se a oposição realmente estivesse em vantagem na disputa eleitoral, como tem falado, não teria movido a ação. Mas os apoiadores de Pimenta garantem que a iniciativa não partiu da campanha do candidato de oposição.
Na segunda-feira, uma ação de outro conselheiro, Francisco de Assis, foi indeferida, mas o advogado Igor Peres Navarro reitera que são ações diferentes. “Nossa ação foi posta ontem (segunda), despachamos e conversamos com o juiz para apresentar o caso, mas existe absoluta imparcialidade e o juiz não se posiciona. Ela tem particularidades que a diferenciam da ação do Dr. Francisco. Existem similaridades, mas com pontos de diferenciação. Aquela era um cumprimento de sentença”, explica.