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Atlético empata na Inglaterra, elimina o Leicester e vai a mais uma semifinal

O conto de fadas do Leicester chegou ao fim. A trajetória que começou na temporada passada com a inesperada conquista do Campeonato Inglês terminou nas quartas de final da Liga dos Campeões diante do Atlético de Madrid, nesta terça-feira. Mesmo dominados no segundo tempo, os espanhóis garantiram a classificação a mais uma semifinal do torneio continental com o empate por 1 a 1, na Inglaterra.

O Atlético foi preciso e marcou no primeiro tempo o gol que tornou quase irreversível sua vantagem. Com o triunfo por 1 a 0 na ida, na Espanha, e a vantagem na Inglaterra, o time espanhol precisaria levar três gols para ser eliminado. O Leicester ainda foi valente, dominou amplamente a etapa final e chegou ao empate, mas falhou nas conclusões e viu ruir o sonho da classificação.

Para o Atlético, trata-se da terceira semifinal de Liga dos Campeões nos últimos quatro anos e da comprovação do sucesso do estilo de jogo imposto pelo técnico Diego Simeone. O time madrilenho agora sonha com seu primeiro título da competição, até para enterrar as traumáticas derrotas em decisões para o rival Real em 2013/2014 e 2015/2016.

Já o Leicester colocou ponto final em uma trajetória que começou com uma das maiores zebras da história do esporte na temporada passada. Sem maiores ambições no Campeonato Inglês, o pequeno clube voltou a surpreender em sua primeira participação na Liga dos Campeões com a ida às quartas, mas agora vê seu futuro em xeque. Já sem Kanté e Claudio Ranieri, a tendência é que nomes como Jamie Vardy e Mahrez também se despeçam ao fim da temporada.

O JOGO – Os dois times são acostumados a ficar pouco com a bola, mas a maior qualidade do Atlético fez com que os espanhóis mantivessem a posse – ainda que inofensiva – no início. A primeira chance, no entanto, foi do Leicester. Aos 20 minutos, Vardy recebeu de Mahrez na área e tocou para Okazaki, que bateu por cima.

O Leicester cresceu no jogo, se empolgou e caiu na armadilha do Atlético, que ficou confortável para jogar como mais gosta: no contra-ataque. Após boa tabela pelo meio, Morgan afastou o perigo, mas apenas momentaneamente. Filipe Luís aproveitou a sobra pela esquerda e levantou a cabeça para encontrar Saúl Ñíguez com um cruzamento perfeito. O meia, então, foi ainda melhor para finalizar consciente, cruzado, sem chance para Schmeichel, aos 26 minutos.

O gol deu ampla vantagem ao Atlético, que dominou o resto do primeiro tempo, com muita posse de bola e sem sofrer sequer um susto. Isso mudou completamente na etapa final, quando Craig Shakespeare lançou a campo o lateral Chilwell e o atacante Ulloa. O Leicester passou a apostar exclusivamente nos lançamentos para a área e pressionou o adversário.

Depois de sofrer um susto aos quatro minutos, quando Griezmann desperdiçou grande chance de matar o jogo, o time inglês cresceu e respondeu imediatamente com seus novos “reforços” em campo. Aos cinco, após bola lançada para a área e desvio de Ulloa, Chilwell chegou batendo de primeira, por cima.

Foi justamente insistindo no “chuveirinho” que o Leicester deixou tudo igual. Aos 15 minutos, Albrighton foi quem fez o cruzamento, a bola passou por todo mundo e sobrou para Chilwell bater cruzado. Após desvio na zaga, Vardy apareceu sozinho na área para finalizar para a rede.

O gol fez o Leicester imprimir ritmo alucinante, encurralando um assustado Atlético. E o time da casa teve duas chances claras para marcar, que pararam na defesa adversária. Aos 19, Ulloa ficou com a sobra de um lateral para a área e marcaria, se não fosse a presença fundamental de Lucas Hernández. Três minutos depois, foi Vardy quem recebeu quase na marca do pênalti e bateu firme, em cima de Savic.

A postura completamente ofensiva do Leicester gerava espaços que o Atlético não sabia aproveitar, mas o passar do tempo trouxe o cansaço aos ingleses. E sem o segundo gol, chegou também a frustração. Mesmo se lançando ao ataque, os ingleses não incomodaram mais a meta do time espanhol, que esperou o apito final para celebrar a vaga.

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