O presidente da Volkswagen para América do Sul e Caribe, Pablo Di Si, afirmou nesta quinta-feira, 23, que trabalha com a previsão de retomar a produção das fábricas no Brasil no dia 18 de maio, após pergunta de um jornalista em uma coletiva online.
"Se nada muda (em relação às medidas de isolamento social) em São Paulo e Paraná (onde a montadora tem fábricas no Brasil), voltamos no dia 18 de maio. Mas não vejo nenhum problema em atrasar uma semana, para seguir todos os protocolos de segurança", disse o executivo, em entrevista coletiva online a jornalistas.
Minutos antes, Di Si havia dito que a produção voltaria na segunda ou terceira semana de maio, sem dar uma data. Segundo ele, a fábrica de São Bernardo do Campo, que operava em três turnos, voltará em um turno. A de Curitiba, que estava em dois turnos, também voltará em turno.
Segundo ele, a empresa vai adotar diversas medidas de segurança, de olho na saúde dos funcionários, aproveitando os procedimentos já implementados pelas fábricas do grupo na China e na Alemanha, que já voltaram a produzir.
"Vamos começar bem devagar, com um turno por fábrica, e produzir de acordo com demanda, e é melhor não ter estoques muitos altos para não haver guerra de preços", afirmou o executivo.
Ele afirmou também que a montadora vai "queimar" em três ou quatro meses o que seria investido em três anos. Di Si afirmou que os investimentos da empresa estão congelados e espera que o governo reveja os prazos dos marcos regulatórios do setor.
Di Si responde pelas fábricas da Volkswagen que produzem carros. A Volkswagen Caminhões e Ônibus anunciou nesta quinta-feira que retomará a produção na próxima segunda-feira, 27.