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Garotinho retira apoio formal à reeleição de Dilma

Durou pouco o engajamento do ex-governador e deputado Anthony Garotinho (PR), candidato ao Palácio Guanabara, na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Insatisfeito com a proximidade de Dilma com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que tenta continuar no cargo, Garotinho decidiu liberar os candidatos a deputado de sua coligação a fazerem campanha para quem quiserem na disputa presidencial.

Embora reconheça que Dilma e o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, foram os responsáveis pela entrada no PROS na aliança que o apoia, o que aumentou o tempo na propaganda de TV para dois minutos, Garotinho não vê empenho do PT nacional em sua campanha. O deputado continua em tese aliado a Dilma, mas anunciou que vai se concentrar na disputa estadual.

Os aliados de Garotinho apostam em um segundo turno entre ele e o ex-governador e Pezão e dizem que, neste caso, dificilmente Dilma ficaria com o candidato do PR. Pensando no longo prazo, Garotinho será discreto na campanha por Dilma. O PT nacional, no entanto, tem interesse no eleitorado de Garotinho – evangélico, de baixa renda e do interior – e tenta uma composição.

Depois de Dilma escolher Pezão como companheiro para o primeiro compromisso aberto de sua campanha, um almoço com prefeitos na Baixada Fluminense, o PT havia programado uma vista da presidente à zona oeste da capital, com Garotinho, no próximo fim de semana. O compromisso está suspenso por enquanto.

Outro aliado insatisfeito com o comportamento da presidente no Rio é o candidato do PT a governador, Lindbergh Farias. O palanque da presidente no Rio tem ainda o candidato do PRB, senador Marcelo Crivella.

Durante a pré-campanha, Garotinho evitou se posicionar em relação à disputa presidencial e fez uma “consulta” aos filiados do PR-RJ e, no dia da convenção, anunciou que a maioria votou pelo apoio a Dilma. Em discurso, ao lado de Berzoini, disse ter “um só lado” e prometeu apoio à presidente.

Garotinho atacou Eduardo Campos (PSB) por ter defendido um novo modelo de partilha dos royalties do petróleo, que prejudicaria Estados produtores como o Rio, e acusou o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, de ter se aliado “à quadrilha do PMDB”. Com forte base no eleitorado evangélico, Garotinho tem pesquisas qualitativas que apontam resistência de parte desse grupo a Dilma.

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