O comando da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição entrou nesta sexta-feira, 1º, com uma representação junto à Procuradoria Geral da República (PGR) na qual pede abertura de inquérito criminal para investigar o candidato do PSDB, Aécio Neves, por supostos “atentados à segurança aérea” pelo uso dos aeroportos de Cláudio e Montezuma, cidades do interior de Minas Gerais.
Na representação, os advogados do PT pedem que sejam tomados depoimentos de Aécio, seu tio-avô, Múcio Tolentino, dono da fazenda onde foi construído o aeroporto de Cláudio, e do primo do senador, Fernando Tolentino, que supostamente testemunhou os pousos do candidato na pista da cidade.
Segundo os advogados da campanha petista, ao admitir em artigo publicado quinta-feira, dia 31, no jornal Folha de S. Paulo uso dos aeroportos, ambos sem homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Aécio teria cometido o crime de atentado à segurança aérea, previsto no artigo 261 do Código Penal, e cuja pena vai de seis meses a dois anos de detenção.
A campanha de Dilma argumenta que Aécio colocou em risco tanto o espaço aéreo quanto a vida dos tripulantes ao decidir usar os aeroportos. Além da abertura do inquérito e dos depoimentos de Aécio e seus parentes, a representação solicita a identificação de todos pousos e decolagens em Cláudio e Montezuma e informações sobre o processo de homologação das pistas pela Anac.