Dados oficiais do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Estado do Rio divulgados nesta sexta-feira, 22, mostram que houve aumento de 58,3% dos homicídios decorrentes de intervenção policial e de 42,4% dos chamados roubos de rua no Estado em julho deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2013.
A categoria roubos de rua reúne assaltos a pedestres, em ônibus e roubos de telefones celulares. Foram 8.483 casos registrados em julho de 2014, contra 5.957 ocorrências em julho do ano passado. Em relação às mortes violentas, o aumento foi de 27,4%. Em julho deste ano, 446 pessoas foram mortas no Estado, ante 350 em julho de 2013. Os homicídios dolosos aumentaram 22,8%, de 302 casos para 371.
Já os chamados autos de resistência, mortes em alegados confrontos com policiais, subiram 58,3%. De 36 casos em julho do ano passado para 57 em julho deste ano. O número oficial de homicídios decorrentes de intervenção policial estava em queda nos últimos cinco anos, desde o início do projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), mas voltou a subir no primeiro semestre de 2014. Foram 285 casos até junho, uma alta de 42,5%.
Procurado pela reportagem, o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, não comentou os números. As prisões aumentaram 10,5% no Estado, de 2.393 casos em julho de 2013 para 2.645 em julho deste ano.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo procurou a Polícia Militar (PM). A assessoria de imprensa da corporação informou que enviaria uma nota oficial com dados sobre o crescimento da quantidade de roubos e mortes violentas em todo o Estado. Até as 20h, a nota não havia sido enviada pela PM.
Diferentemente do que era registrado nos meses anteriores, não foi divulgada, desta vez, pelo ISP, o tradicional resumo do boletim com as estatísticas criminais divulgadas a cada 30 dias.
Um aviso no site do ISP informava que até o dia 26 de outubro as publicações do Portal da Imprensa e das redes sociais do governo do Estado serão “editadas de acordo com as restrições determinadas pela legislação eleitoral”. Assina a resolução que determinou a medida o secretário da Casa Civil, Leonardo Espíndola.