Cerca de 150 funcionários públicos da Prefeitura, a maior parte engenheiros e arquitetos, tentaram invadir o plenário da Câmara Municipal de São Paulo na tarde desta terça-feira, 26, causando confusão nos corredores do Palácio Anchieta. O grupo que tentava fazer a invasão não conseguiu lugar para assistir à audiência pública marcada para discutir nesta tarde projetos do governo Fernando Haddad (PT) com aumentos para as carreiras de arquitetos, engenheiros, fiscais e guardas civis metropolitanos.
Os funcionários tiveram a entrada barrada após as 200 vagas do plenário principal da Casa lotar, inclusive com dezenas de pessoas em pé. Mas o grupo que ficou de fora acusou a presidência da Casa de tentar deixar de fora do plenário a maior parte dos funcionários que são contrários às propostas de aumento – eles são contra a concessão de subsídios, como quer o governo, e defendem a incorporação de aumento real nos holerites.
Houve empurra-empurra entre funcionários e GCMs que fazem a segurança do Legislativo no primeiro andar, ao lado do plenário. Por pouco a invasão não ocorreu. Após 20 minutos de confusão, os funcionários concordaram em voltar a assistir a audiência nas galerias do plenário, e não nas cadeiras no térreo. Neste momento o presidente da Comissão de Administração Pública, vereador Mário Covas Neto, espera os ânimos dos servidores acalmarem para tentar iniciar a audiência.
As propostas de aumento em análise foram apresentadas pelo governo do PT após greve de servidores durante o mês de julho. Os professores chegaram a ficar parados por 42 dias. A paralisação dos 3 mil engenheiros e arquitetos da Prefeitura durou 22 dias.