O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou nesta quinta-feira, 10, ter sido informado por seus advogados na noite desta quarta, 9, que um relatório da Polícia Federal concluiu pelo arquivamento do processo em que ele, o ex-governador Sérgio Cabral e Regis Fitchner, ex-chefe da Casa Civil do Rio de Janeiro são investigados no âmbito da Operação Lava Jato.
A informação foi publicada no início da tarde na coluna Radar, do jornalista Lauro Jardim. O processo que apura a suposta prática de corrupção e lavagem de dinheiro tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob os cuidados do ministro Luis Felipe Salomão.
O caso foi detonado por declaração do ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, que em delação premiada afirmou ter repassado R$ 30 milhões de caixa-dois para a campanha de reeleição de Cabral em 2010. Pezão comemorou, mas afirmou que o caso ainda deverá passar pela Procuradoria-Geral da República antes de uma decisão final do STJ.
“Vou continuar aguardando como fiz desde o momento em que meu nome surgiu nesse caso. Respeito a Justiça do País, mas fiquei muito indignado. Passei os piores momentos da minha vida”, disse.
O governador do Rio destacou que as investigações, por outro lado, revelam a força das instituições no País. “Temos que saudar o fato de que todas as instituições puderam agir sem pressão, fazer as fiscalizações em um ambiente democrático”, disse após encontro com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, no Palácio Guanabara. Pezão teve seu sigilo bancário e telefônico quebrado durante as investigações.