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Às vezes o reacionário serve de avanço, avalia Amaral

O presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, deu sinalizações de que não se oporia a um apoio à candidatura do tucano Aécio Neves, se essa for a decisão consensual do partido. O dirigente disse que Aécio e a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) fazem parte de um processo maior, sem terem “consciência” disso. “Não estou preocupado com Dilma e Aécio. Aécio e Dilma são questões secundárias”, disse Amaral.

Perguntado se ele, fundador do PSB, que se classifica como “homem de esquerda”, poderia apoiar Aécio, o dirigente respondeu: “Às vezes, o reacionário serve de avanço”. Amaral sustentou que o fundamental é o progresso e que todos os eventos recentes são partes de um processo histórico. “As alianças são táticas, se não prejudicarem a minha estratégia, as alianças vêm”, sustentou.

Amaral, que tem uma proximidade histórica com o ex-presidente Lula, é visto como um dos principais empecilhos à possível aliança de Marina com Aécio. Marina sinalizou ontem que estaria inclinada a apoiar o tucano, mas com base em programa e em uma tentativa de unir as forças da coligação – que reuniu PSB, Rede, PPS, PPL, PHS, PRP e PSL.

O presidente nacional do partido, que assumiu após a morte de Eduardo Campos, negociou internamente com alas distintas para conseguir se manter na presidência da legenda – a eleição interna será na próxima segunda-feira (13). Lembrando disso, Amaral disse também que sua prioridade é manter o partido unido. A executiva nacional do PSB se reunirá na quarta-feira (8) em Brasília para discutir a situação do segundo turno e na quinta (9) deve haver uma reunião das lideranças dos partidos coligados.

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