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PF eleva vigilância em Cumbica contra tráfico e lavagem

O delegado Roberto Troncon, superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, declarou nesta quarta feira, 29, que “não haverá limites para a repressão aos crimes transnacionais praticados nos aeroportos brasileiros”. Troncon pregou a união das polícias de todos os países para conter, principalmente, o tráfico de drogas, a evasão de divisas e a lavagem de dinheiro. “No mundo atual deve haver parceria entre as forças policiais dos diversos países, para combatermos com maior eficácia essa criminalidade.”

O chefe regional da PF abriu no Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos/Cumbica o Programa de Cooperação Internacional em Aeroportos (Intercops), projeto permanente de intercâmbio de experiências e metodologias de trabalho entre policiais de vários países mobilizados na repressão ao crime que atravessa fronteiras.

Nesta primeira etapa do Intercops participam policiais de 12 países (África do Sul, Alemanha, Angola, Austrália, Catar, França, Guiana, Marrocos, Namíbia, Nigéria, Paraguai e Reino Unido). São policiais experientes em aeroportos internacionais na repressão ao crime organizado transnacional.

Cumbica é o aeroporto em que a PF atua em larga escala contra o tráfico de drogas ilícitas. Maior aeroporto do hemisfério sul em volume de passageiros – em 2013, entre voos domésticos e internacionais, movimentou quase 36 milhões de passageiros – Cumbica detém o recorde de apreensões de drogas.

“O tráfico tem sido um dos crimes de maior incidência nesse aeroporto”, observou Troncon. A maior parte dos flagrantes ocorre quando passageiros estão embarcando para o exterior. “Temos baixa incidência de cocaína ingressando no Brasil por meio do aeroporto. Até porque o Brasil tem uma enorme fronteira com a região produtora dessa droga e ela acaba ingressando por outros meios no território nacional”, explicou.

A média anual de apreensões em Cumbica bate em 1,4 tonelada. A delegacia da PF no aeroporto internacional é dirigida pelo delegado Wagner Castilho.

O delegado Rogério Galloro, número 2 na hierarquia da Polícia Federal como chefe da diretoria executiva da corporação, disse que o projeto de parcerias das polícias vai funcionar de forma permanente. “O Intercops é um seminário que consiste em capacitação e operações conjuntas. Um trabalho operacional conjunto que basicamente promove a troca de experiências.”

Galloro destaca que os policiais dos países mobilizados nessa etapa do Intercops “vão conhecer a forma de trabalho do Brasil, vão fazer críticas a sugestões e, ao mesmo tempo, vão aprender como a Polícia Federal brasileira executa esse serviço”.

Ele ressalta que o projeto não vai ficar restrito ao tráfico de drogas. “Vai atuar também com vistas à evasão de divisas e à lavagem de dinheiro. A parceria não vai ficar restrita a nenhum crime, especificamente. Todos aqueles (crimes) que são da atribuição da Polícia Federal e da polícia brasileira como um todo estarão sujeitos à repressão. Eu não tenho dúvida que esse projeto Intercops será bem sucedido”, finalizou.

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