Quatro comunidades do interior paulista serão reconhecidas como remanescentes de quilombos pela Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp). Com a medida, as famílias podem ter regularizada a situação das terras que ocupam, além de obterem outros direitos previstos na Constituição.
O reconhecimento das comunidades de Engenho e Abobral Margem Esquerda, em Eldorado; Aldeia, em Iguape, e Bombas, em Iporanga, eleva para 32 os remanescentes de quilombos – comunidades ou vilas formadas por descendentes de escravos – oficiais no Estado.
Os novos núcleos, situados no Vale do Ribeira, têm baixa densidade populacional – são 86 famílias no total -, mas preservam manifestações culturais expressivas, segundo o diretor executivo do Itesp, Marcos Pilla. “Esse reconhecimento representa o resgate da cultura tradicional”, afirmou.
A solenidade ocorrerá no próximo dia 16, durante a Feira Paulista de Assentamentos e Quilombos, no Parque da Água Branca, em São Paulo. As comunidades serão atendidas com os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da Fundação Itesp, visando à geração de renda. Alimentos produzidos em quilombos podem compor a merenda escolar.