A presidente reeleita, Dilma Rousseff, usou seu discurso na cerimônia de diplomação para o próximo mandato de quatro anos para fazer uma defesa enfática da Petrobras, empresa envolta em escândalos de corrupção deflagrados pela Operação Lava Jato. Em referência velada ao escândalo, Dilma defendeu que a empresa não seja afetada pela eventual punição de funcionários. “Temos que punir as pessoas, não destruir as empresas. Temos que saber punir o crime, não prejudicar o País ou sua economia. Temos que fechar as portas, todas as portas, para a corrupção. Não temos que fechá-las para o crescimento, o progresso e o emprego”, disse Dilma. Ela afirmou que “alguns funcionários” da estatal foram atingidos no processo de combate à corrupção, mas ressaltou que a situação tem sido enfrentada com “destemor”. “Temos que saber apurar e saber punir, sem enfraquecer a Petrobras, sem diminuir a sua importância para o presente e para o futuro”, disse.
Ela anunciou ainda que fará, no discurso de posse, no dia 1º de janeiro, o detalhamento das medidas que serão tomadas para garantir “mais crescimento, mais desenvolvimento econômico e mais progresso social”. Ela foi diplomada nesta noite presidente da República pelos próximos quatro anos. A cerimônia de diplomação, realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), habilita a presidente a tomar posse no cargo em 1º de janeiro. A presidente recebeu o diploma das mãos do ministro Dias Toffoli, presidente da Corte eleitoral, que também diplomou Michel Temer como vice-presidente.