O metalúrgico Marcelo José da Silva, de 45 anos, morreu na noite de ontem no Hospital das Clínicas de Marília, no centro-oeste do Estado de São Paulo, depois de ser acometido pela dengue. A causa da morte foi confirmada pelo atestado de óbito emitido nesta quinta-feira pelo hospital. Foi a segunda morte por dengue na cidade em dois dias: na terça-feira, o adolescente João Renato Mendes Neto, de 14 anos, tinha faleceu depois de apresentar dengue hemorrágica.
Pelo menos dois óbitos anteriores estão sendo investigados, mas o número de mortes pode ser maior. Outras duas pessoas que tiveram a morte atestada por outras causas também era portadoras da dengue. A Secretaria de Saúde do município informou que as mortes estão sendo investigadas. Marília está em estado de emergência em razão da epidemia de dengue e já tem 1.827 casos confirmados. Em todo o Estado, são mais de vinte mortes sob investigação e pelo menos oito já confirmadas.
Em Catanduva, com quatro mortes confirmadas, o número de casos já passa de 2 mil. Guararapes registrou três óbitos. Em Sorocaba, com cinco mortes – apenas uma confirmada oficialmente – o número de casos de dengue passa de 2,4 mil e pode chegar a 30 mil até a metade do ano, segundo a Secretaria da Saúde. Pacientes lotam as unidades de saúde e, apesar do atendimento prioritário, esperam até quatro horas na fila. No sábado, a prefeitura realiza o Dia D contra a dengue, mobilizando um grande aparato de combate ao mosquito. Em Votorantim, cidade vizinha, a prefeitura vai à Justiça para entrar na casa de moradores que se negam a permitir a nebulização contra o mosquito.