Depois de quase secar por causa da longa estiagem, o Rio Piracicaba atingiu ontem vazão de 356,8 metros cúbicos por segundo, a maior do ano. As águas, que cobriram totalmente as pedras que estavam à mostra na passagem pela área urbana, despencavam com estrondo no salto de Piracicaba, a principal atração turística da cidade, voltando a formar o famoso “véu da noiva” com as gotículas em suspensão. “Ter o rio de volta é o melhor presente de Natal que nossa cidade poderia querer”, afirmou Olásio Cardoso Filho, funcionário do aquário municipal.
Turistas e moradores se aglomeravam no mirante e na margem do rio, na Rua do Porto, para apreciar o espetáculo. Muitos usavam a ponte estaiada para tirar fotos da cachoeira. “Os turistas voltaram, mas agora para ver um rio bonito, não mais aquela tragédia do rio seco e de peixes mortos”, observou Cardoso Filho.
A vazão recorde foi registrada às 12 horas pela rede de telemetria do Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Antes, o maior volume de água nesse trecho do rio havia sido registrado no último dia 20, de 214 metros cúbicos por segundo, após a volta das chuvas.
Em outubro, a vazão chegou a 7,6 metros cúbicos por segundo, a mais baixa em 50 anos, e o nível da água nos canais mais profundos não passava de 60 centímetros. Anteontem, o nível chegou a 3,64 metros, e o rio estava próximo do transbordamento. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
