Depois de um ano de crise no abastecimento por causa da estiagem, grande parte da população de Campinas, com 1,1 milhão de habitantes, no interior de São Paulo, passará a pagar mais pela água das torneiras. Resolução da Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Ares-PCJ) publicada nesta segunda-feira autoriza um reajuste de 11,98% nas tarifas da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa-Campinas) a partir do dia 5 de fevereiro.
O reajuste é quase o dobro da inflação anual, calculada em 6,39%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Sanasa informa terem sido levados em conta a variação de custos e despesas, o aumento na folha de pagamento e a variação do consumo de outubro de 2013 a setembro de 2014. As categorias residencial social e com ligação coletiva, num total de 264 mil pessoas, não terão reajuste, informa a empresa.
Em 2014, com a estiagem no Estado e a queda no nível do Rio Atibaia, principal fornecedor de água, a Sanasa enfrentou grande dificuldade para manter o abastecimento e chegou a anunciar um plano de racionamento. O Atibaia é formado pela vazão do Sistema Cantareira, que abastece parte da Grande São Paulo e continua em nível crítico. Em Campinas, o reajuste anterior, dado antes da crise hídrica e válido para 2014, foi de 6,63%.