Em meio à insatisfação dos partidos aliados na composição do governo Dilma Rousseff, o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, mandou um recado à base no Congresso. Ele avisou que as nomeações do Executivo seguirão três pressupostos. De acordo com Pepe Vargas, o governo quer que as indicações tenham competência e capacidade de gestão, além de histórico de probidade do indicado. O ministro defendeu que haja na nova composição o “equilíbrio” entre os partidos da coalizão. “Esses são critérios que o governo vai observar nas indicações”, afirmou.
Questionado sobre a eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, Pepe Vargas disse que o governo não vai interferir nos assuntos administrativos do Legislativo por “respeitar” a independência entre os poderes. “O governo vai dialogar com todos os partidos e expressar sua posição nas matérias”, reforçou. Segundo ele, as questões práticas da pauta legislativa será tratada a cada momento.
O petista afirmou que o ideal seria os partidos que compõem a coalizão formassem um bloco unitário na Câmara. Sobre a insatisfação da base aliada em relação à distribuição dos cargos do segundo escalão, Pepe Vargas considera que as manifestações “são normais”. “Não conheço nenhum governo na face da Terra que não tenha se constituído e eventualmente não possa haver uma queixa. Isso tá dentro da normalidade”, comentou.
O ministro reiterou que o governo não vê necessidade de uma nova CPI Mista da Petrobras. Para ele, o País já tem “Ministério Público, Controladoria-Geral da União, Justiça e Polícia Federal” atuantes e investigando as denúncias. “Hoje essas instituições funcionam”, emendou. Ele não comentou a ameaça do PMDB da Câmara de assinar o pedido de instalação de uma nova CPI no Congresso.