O Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou nova representação à Justiça contra o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), e seu vice, Antônio Andrade (PMDB), com base em irregularidade apontada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER-MG) na prestação de contas da campanha. É a segunda representação apresentada pela Procuradoria da República contra o petista baseada na decisão da corte.
O TRE-MG reprovou as contas da campanha acusando a coligação de ter gasto R$ 10 milhões a mais que o limite estipulado para os gastos. Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-MG), a campanha usou “contabilidade de conveniência na prestação de contas, extrapolando o limite de gastos fixado pelo partido em R$ 10.170.808,34; omissão de despesas realizadas por outros candidatos, partidos ou comitês que favoreceram a campanha dos representados; emissão extemporânea de recibos eleitorais, após a prestação de contas final; e não lançamento de doação na segunda prestação de contas”.
Por meio de nota, o diretório mineiro do PT declarou que “reafirma o respeito à legislação eleitoral na prestação de contas da última campanha majoritária”. “As despesas comprovadamente ficaram limitadas a R$ 41,1 milhões, sendo esta a realidade das contas da campanha”, diz o texto. O PT já recorreu da representação anterior alegando que os gastos a mais foram doações para outras campanhas. As representações ainda serão analisadas pela Justiça Eleitoral.