O comando da Polícia Militar vai reforçar o número de policiais na segunda manifestação contra o aumento da passagem em São Paulo, convocada para a próxima sexta-feira, 16. Serão cerca de mil PMs na segurança da região central, onde será realizado o protesto. A maior preocupação da polícia é com as obras da ciclovia da Paulista.
Segundo o major Vitor Fedrizzi, que vai comandar a operação da próxima sexta, há riscos de o entulho, pedras e madeiras da intervenção serem utilizados como armas pelos manifestantes. “Vamos pedir para a Prefeitura retirar com antecedência qualquer material que possa causar conflito durante o protesto. Queremos evitar isso”, afirmou.
Sobre a atuação dos black blocs durante o protesto, o major adiantou que a polícia vai tentar identificá-los e registrá-los antes da chegada à Paulista. “O que vamos melhorar nesse processo é antecipar a chegada desses grupos, com revistas espalhadas por toda a região central”, explicou. Na manifestação da última sexta-feira, os black blocs circularam livremente pelo trajeto sem qualquer tipo de revista.
Cerca de 800 policiais trabalharam no primeiro ato e, desta vez, pelo menos mil homens serão deslocados para a Paulista. “Estamos estudando novas táticas e analisando o efetivo final que vamos utilizar na sexta. Infelizmente não temos informação do percurso para antecipar nosso trabalho”, disse o major.
Reunião
O Movimento Passe Livre foi convidado para se reunir com a Polícia Militar nesta semana, mas não enviou representantes. Compareceram responsáveis pelo Metrô, Companhia de Engenharia e Tráfego (CET), Polícia Civil e Defensoria Pública.
Nas linhas de metrô da região da Paulista haverá reforço de equipes e policiais nas estações para garantir a segurança. As delegacias de polícia da região central terão plantão de atendimento na 2DP e no 78DP para ocorrências ligadas à manifestação.
O representante da Defensoria Pública, Douglas Magalhães fez um alerta aos policiais sobre o uso excessivo de balas de borracha e pediu que a PM aja dentro da lei. “Não temos como garantir que não vamos usar bala de borracha. A PM tem suas técnicas próprias e vamos usá-las se necessário”, advertiu o major Fedrizzi.