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Lei obriga obra pública a utilizar água de reúso em SP

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sancionou na quinta-feira, 23, a lei que obriga o governo a utilizar água de reúso em obras públicas. Pela proposta, aprovada pela Câmara em fevereiro, também ficou definido que a água drenada dos subterrâneos de prédios deverá ser reutilizada – hoje é comum na capital edifícios que desperdiçam até 50 mil litros de água por dia para evitar a inundação de garagens.

A nova lei tem agora 120 dias para ser regulamentada. No texto também fica determinado que a Prefeitura passe a utilizar água de reúso ou das chuvas na irrigação de jardins e na lavagem de calçadas e de monumentos. Mas não foi definido como as empresas contratadas pelo governo vão adotar a mudança.

Para os postos de combustível e lava-rápidos, o prazo para que passem a utilizar somente água de reúso será de 3 anos. Na semana passada, Haddad também havia sancionado projeto do Legislativo que cria multa de R$ 250 para quem for flagrado pela segunda vez lavando a calçada com água potável ou da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Desperdício

A terceira lei municipal criada neste ano para combater o desperdício de água na capital paulista quer evitar um problema que vem causando indignação entre os paulistanos. Muitos edifícios recém-erguidos sobre cursos dágua canalizados construíram garagens de até cinco andares em seus subsolos.

Para evitar que essa água cause umidade nas garagens subterrâneas, os edifícios instalam sistemas de bombeamento para drenar o lençol freático que fica abaixo da edificação. A água retirada é jogada diretamente na rua e entra nos bueiros – ou seja, essa água retirada vai desaguar em córregos poluídos e terá de passar por novo tratamento de esgoto, antes de voltar a compor o sistema hidrológico do Município.

Em março, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o Edifício Capital Augusta, por exemplo, localizado na Rua Augusta, joga na calçada cerca de 50 mil litros de água por dia para evitar o alagamento de sua garagem, que tem 300 vagas. Alguns comerciantes e donos de bares da região passaram a usar a água desperdiçada pelo prédio para lavar seus estabelecimentos.

Para o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), porém, não há problema nesse bombeamento de águas subterrâneas. O órgão afirma que não há desperdício, porque a água volta a compor os lençóis freáticos da capital paulista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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