Um protesto de alunos do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, conhecido no Rio como Colégio de Aplicação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), terminou em tumulto e empurrões entre os manifestantes e seguranças. A confusão ocorreu na manhã desta quarta-feira em frente à reitoria, no Maracanã, zona norte do Rio. Pelo menos um aluno teria sido agredido. O caso foi registrado na 18ª DP (Praça da Bandeira), que abriu inquérito.
O início das aulas deste ano no colégio estava previsto para 3 de março, mas, por falta de professores e de verba para pagar os funcionários da limpeza e da segurança, foi adiado inicialmente para o dia 9 e depois para o dia 16. Diante dos dois adiamentos e da sucessão de problemas, alunos da instituição, a maioria acompanhada pelos pais, fizeram um ato hoje em frente ao campus da Uerj no Maracanã. Em seguida, o grupo foi até o prédio da reitoria com o objetivo de reclamar diretamente com a direção. Mas o reitor Ricardo Vieiralves, não estava. O grupo se aglomerou na porta do edifício.
“Eles tentaram invadir a reitoria”, afirmou Antônio Fernandes, um dos coordenadores do Sintuperj, o sindicato de trabalhadores das universidades públicas do Estado do Rio.
Os seguranças impediram a ocupação e, durante o tumulto, houve empurrões e pessoas caíram. Nesse momento, um segurança teria atingido voluntariamente o aluno Matheus Zanon, de 16 anos, presidente do grêmio estudantil do colégio.
Em nota à comunidade acadêmica, a direção do colégio lamentou o ocorrido. A instituição admite a falta de professores e dois meses de salários atrasados para os terceirizados dos setores de limpeza e vigilância. Informa ainda que e aguarda repasse de verbas pelo governo estadual, para regularizar a situação. Segundo a Secretaria Estadual da Fazenda, o próximo repasse ocorrerá em 17 de março.