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Governo e oposição minimizam encontro de Toffoli com Dilma

A composição multipartidária da lista de investigados sob suspeita de corrupção envolvendo a Petrobras fez que governistas e oposicionistas se unissem ao minimizar o encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal). A reunião, na manhã desta quarta-feria, 11, aconteceu um dia após o ministro migrar da Primeira para a Segunda Turma do Tribunal, justamente a que vai julgar as eventuais ações penais decorrentes da Operação Lava Jato.

“O encontro de Toffoli com Dilma, em si, não levanta suspeita sobre ele. Não vejo problema”, afirmou o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ex-candidato a vice na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG). “Sou um homem de boa fé”, disse o tucano, para depois emendar: “Certos encontros devem ser evitados para não gerar comentários maldosos”.

O deputado Paulinho da Força (SD-SP) saiu em defesa do ministro do STF. “Toffoli é muito correto”, afirmou.

Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) relativizou a naturalidade da visita. “Pode até ser natural, mas é estranha. Mas, com certeza, ele não foi conversar assuntos de Lava Jato”, disse o peemedebista, ressaltando que o momento do encontro “é inconveniente”. “O País está muito sensível. Não basta a mulher de César ser honesta. Precisa parecer honesta”, disse Vieira Lima, mencionando provérbio a respeito do imperador romano Júlio César.

Para o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), próximo ao governo, “não há nenhum inconveniente” no encontro. “Não é a partir de um encontro como este que se pode fazer qualquer ilação”, disse Bezerra.

Questionado sobre o assunto, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), desconversou. “Como vou me preocupar (com o encontro) com o catatau de problemas que tenho aqui?”, afirmou durante a sessão do Congresso em que se votava a derrubada de vetos presidenciais.

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