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Simpósio traz novo monitor de diabete e pâncreas artificial

Furar o dedo várias vezes ao dia para monitorar o açúcar no sangue e ter de aplicar insulina com a mesma frequência podem deixar de fazer parte da vida dos diabéticos. Um projeto de pâncreas artificial e um monitor de glicose que funciona por 14 dias sem a necessidade de perfurações são algumas das inovações que serão apresentadas a partir desta quinta-feira, 12, no 1º Simpósio Internacional de Novas Tecnologias em Diabetes, em São Paulo.

Promovido pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o evento vai até sábado e mostrará inovações no controle e no tratamento da doença que atinge mais de 13 milhões de pessoas no País. Para monitoramento da diabete, será apresentado um monitor já comercializado na Europa e em processo de aprovação no Brasil.

Com ele, o paciente coloca sobre a pele um dispositivo com uma agulha muito fina que pode permanecer no local por até 14 dias sem precisar de substituição. Para saber o índice glicêmico, basta que o paciente aproxime o monitor dessa área da pele. Por meio de um sistema de scanner, o monitor lê a informação e informa no visor. “Os dados podem ser acumulados por três meses”, explica o endocrinologista Marcio Krakauer, do Núcleo de Tecnologia em Diabetes da SBD e um dos coordenadores do simpósio.

Ele afirma que o equipamento conseguiu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro e agora aguarda a liberação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) – por conter mecanismo de comunicação entre dois aparelhos.

Israel

O simpósio terá ainda palestra do pesquisador alemão Thomas Danne, que desenvolve com cientistas de Israel e da Eslovênia um projeto de pâncreas artificial. “A tecnologia, na verdade, seria uma bomba de insulina acoplada a um sensor, que já daria o comando para a liberação da insulina, tudo automático”, explicou.

No evento, pesquisadores também vão falar sobre as tecnologias existentes de tratamento para grupos específicos, como gestantes e bebês. “Muitas pessoas ficam esperando a descoberta de uma cura, mas se esquecem de usar o que já existe para controlar a doença. Essas novas tecnologias que facilitam a vida também ajudam a aumentar a aderência do diabético ao tratamento.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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