O juiz da 1ª Vara das Execuções Penais de Recife, Luiz Rocha, anunciou, na noite desta quarta-feira, 21, o fim da rebelião no Complexo Prisional do Curado, iniciada há três dias e que deixou três mortos – dois detentos e um sargento da PM.
A exoneração do magistrado foi reivindicada pelos detentos, que se queixam com a demora na tramitação dos processos de execução penal, mas, depois de negociações e conversas com os rebelados, ele disse ter recebido a garantia de que não ocorrerão novos protestos.
Até o final da tarde, muitos detentos continuavam na laje do complexo, portando facões, facas e foices, além de celulares. Antigo presídio Aníbal Bruno, o complexo prisional foi dividido em três unidades em maio do ano passado, como forma de se ter um maior controle. No total, o complexo abriga 6.922 presos e tem capacidade para 2.124.
O governo do Estado prometeu contratar 20 advogados para agilizar o andamento dos processos e o Tribunal de Justiça de Pernambuco garantiu que cinco juízes vão reforçar o trabalho.
Além de reiterar o compromisso, divulgado na semana passada, de concluir as obras de novos presídios, o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, também acatou outras reivindicações dos detentos, como a melhoria na alimentação e instalação de câmera na área externa do presídio para evitar constrangimento de familiares no acesso à unidade.