O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (BA), disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a bancada não pretende retirar o apoio ao candidato à presidência da Casa Júlio Delgado (PSB-MG).
Mais cedo, o Solidariedade divulgou nota na qual afirma que a candidatura de Delgado beneficia o petista Arlindo Chinaglia (PT-SP) e apelou para que os tucanos revejam sua posição.
“A gente entende a posição do Paulinho (Paulo Pereira da Silva, presidente do Solidariedade), mas nossa posição é de apoio ao Júlio”, reiterou Imbassahy.
Na nota, o Solidariedade diz que coloca em discussão sua participação no bloco que envolve PSDB, PSB, PPS e PV na composição da Mesa Diretora. O partido reafirma apoio ao candidato do PMDB Eduardo Cunha (RJ) e diz que a candidatura de Júlio se transformou em “linha auxiliar” do postulante do PT.
“Além de inviável, na opinião do partido esta candidatura está se tornando linha auxiliar da candidatura do PT, inclusive com a divulgação de acordo mútuo entre os dois”, enfatiza o texto.
“O Solidariedade apela aos partidos de oposição, inclusive ao senador Aécio Neves, para que rediscuta esta questão com o objetivo de que não se cometa o erro histórico de perder a oportunidade de trazer o PT, na sua representatividade na mesa e nas comissões da Câmara dos Deputados, para o tamanho com o qual sua bancada saiu das urnas: 13%”, finaliza o Solidariedade.
Imbassahy destaca que o apoio do PSDB foi dado a Delgado porque o PSB é atualmente um partido da oposição, apesar de reconhecer que Eduardo Cunha é desafeto do Palácio do Planalto. “Se o Júlio for para o segundo turno, com esse desgaste entre PT e PMDB, isso o favorecerá. Essa é a nossa expectativa”, comentou o tucano.