O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro anunciou nesta quinta feira, 30, que conseguiu a repatriação de cerca de 29 milhões de dólares, equivalentes a R$ 86,98 milhões. A maior parte desse montante, segundo informação divulgada no site do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, tem origem em propinas recebidas por Pedro José Barusco Filho, entre 1999 e 2012, em função de contratos da Petrobras com a empresa holandesa SBM Offshore, fornecedora de navios-plataforma.
Pedro Barusco exerceu cargos de gerência na Diretoria de Exploração e Produção de 1995 a 2003, quando assumiu o cargo de gerente-executivo de engenharia na Diretoria de Serviços da Petrobras, que exerceu até 2011.
O valor está depositado em uma conta da Caixa Econômica Federal, à disposição da Justiça Federal no Rio. O dinheiro estava bloqueado em bancos suíços, por determinação do Ministério Público daquele país, que aceitou a argumentação do Ministério Público Federal brasileiro em favor de sua liberação para o Brasil.
Esses recursos fazem parte do volume global de 97 milhões de dólares restituídos por Pedro Barusco. Segundo os procuradores da República Renato Silva de Oliveira, Leonardo Cardoso de Freitas e Daniella Sueira, encarregados da investigação criminal de fatos relativos aos contratos entre a SBM e a Petrobras, “a medida alcançada é fundamental no combate a crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro”.