Garis da Grande São Paulo e de cidades do interior paulista entraram nesta segunda-feira em greve por tempo indeterminado. A categoria pede aumento salarial de 11,73%, mas o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana de São Paulo (Selur) oferece 7,68% de reajuste. O salário médio dos garis é R$ 900.
A Federação de Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo (Femaco) informou que a maioria das cidades paulistas, exceto São Paulo e Campinas, que tem data-base diferente, aderiu à paralisação. A entidade estima que 30 mil trabalhadores tenham cruzado os braços.
Os garis reclamam que o reajuste de 7,68% não é suficiente para corrigir a inflação e reivindicam aumento de 11,73%, “o mesmo reajuste dado ao salário mínimo estadual e que foi repassado para quem limpa hospitais, escritórios e fábricas”. O presidente do Selur, Ariovaldo Caodaglio, disse que não é possível aplicar tal reajuste. “O salário mínimo do estado é pago a categorias que não têm representação sindical. Isso significa que o aumento é 11,73%, mas não tem cesta básica, tíquete-refeição ou vale-transporte. Não tem absolutamente nada que os demais trabalhadores sindicalizados têm”, destacou o sindicalista à Agência Brasil.
Segundo Caodaglio, o sindicato patronal aguardará a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Na sexta-feira, 20, em reunião de conciliação no TRT, o desembargador Wilson Fernandes havia sugerido aumento de 9,5%, mas o encontro terminou sem acordo.