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Tsuchiya admite que Mitsui procurou lobista para tratar de requerimento

Em depoimento à CPI da Petrobras, o presidente da Mitsui, Shinji Tsuchiya, admitiu que um funcionário da empresa procurou o lobista Júlio Camargo para saber do que se tratava o requerimento apresentado pela então deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ) contra a empresa japonesa.

Segundo Tsuchiya, o funcionário Takari cuidava do contato da Mitsui com a Petrobras e tomou conhecimento do requerimento apresentado na Câmara dos Deputados. Como a Mitsui atuava em joint venture com a Samsung Heavy Industries, ele perguntou ao agente da empresa coreana (Júlio Camargo) o motivo do requerimento. Ele, no entanto, não soube revelar o primeiro nome deste funcionário. A pergunta foi feita numa reunião de negócios com Camargo.

A Operação Lava Jato apura se dois requerimentos protocolados pela ex-parlamentar atenderem pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – um dos políticos investigados no esquema de corrupção na Petrobras. As suspeitas são que os requerimentos – em nome de Solange – foram feitos para pressionar a Mitsui a pagar propina pelos contratos milionários obtidos na Petrobras na área de exploração marítima de petróleo.

O doleiro Alberto Youssef afirmou na delação premiada que houve uma suspensão de pagamentos de propina pela empresa japonesa e que Cunha teria pedido “a uma Comissão do Congresso para questionar tudo sobre a empresa Toyo, Mitsui e sobre Camargo, Samsung e suas relações com a Petrobras, cobrando contratos e outras questões”.

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