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Chioro descarta vacina privada contra dengue por limitações

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que não se sente animado a incorporar a vacina contra dengue desenvolvida pela Sanofi Pasteur. “Não me sinto estimulado. Ela não tem boa capacidade de resposta ao surto”, disse, durante audiência pública realizada no Senado. A produtora da vacina ingressou com pedido de registro do produto em abril. O relatório aponta que ela apresenta uma capacidade de imunização de 62% e de redução de casos graves de 83% depois de três doses de aplicação. Chioro observou que, além na demora na resposta, o imunizante não é indicado para duas populações consideradas mais vulneráveis para casos graves: idosos e crianças.

O ministro salientou que sua opinião sobre a vacina da Sanofi não é a decisão de governo. “Essa é a minha avaliação técnica. Essa vacina tem uma limitação”, disse. Ele lembrou que a análise será feita, no primeiro momento, pela Anvisa e, concedido o registro, pela comissão do Ministério que avalia a incorporação de produtos pelo Sistema Único de Saúde, a Conitec.

Diante dos resultados da Sanofi Pasteur, ele afirma que outras duas vacinas que estão em desenvolvimento – do Instituto Butantã e da Fundação Osvaldo Cruz – seriam mais promissoras. “Mas não há capacidade de produção a curto prazo. São absolutamente infundadas as afirmações de que haveria possibilidade de fabricar o imunizante para o próximo verão. Isso só desarma a capacidade de mobilização da população e do poder público”, completou.

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