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Doleiro da lava jato vai pedir prisão domiciliar

O doleiro Alberto Youssef, peça central da Operação Lava Jato, vai pedir prisão domiciliar – a exemplo dos empreiteiros que teriam formado cartel para assumir o controle de contratos bilionários na Petrobras. “O mais rápido possível vamos pedir prisão domiciliar para o Youssef”, declarou o criminalista Antonio Figueiredo Basto, que defende o doleiro.

Youssef foi condenado nesta quarta feira, 6, a cinco anos de prisão por lavagem de R$ 1,16 milhão do mensalão. Em setembro de 2014 ele fez delação premiada em acordo com a força tarefa da Lava Jato. Revelou nomes de deputados e senadores que teriam recebido propinas do esquema de corrupção na estatal petrolífera.

O pacto prevê que o doleiro, ainda que condenado em todas ações penais da Lava Jato, só permanecerá na prisão entre 3 anos e 5 anos, no máximo. Ele já está preso desde 17 de março de 2014, quando foi deflagrada a Lava Jato.

Figueiredo Basto disse que ainda não leu a sentença desta quarta feira. Mas avalia que a decisão do juiz Sérgio Moro “mais uma vez renova a ideia da importância do acordo e da efetividade da colaboração premiada”. Na sentença, Moro deixou expresso que a pena para o doleiro, na prática, não poderá passar 3 anos em regime fechado.

“Estamos muito satisfeitos porque o juiz fixou em três anos a pena (para Youssef) por todas as condenações”, declarou Figueiredo Basto. “Pode-se chegar, ao final de mais de dez processos, a uma pena elevada, mas serão só 3 anos para cumprir. Não li a sentença, ainda, mas esse dado nos deixa satisfeitos.”

O criminalista destacou que o juiz da Lava Jato absolveu Youssef de outras três imputações. “Isso é bom. Quanto à aplicação do acordo (de colaboração) nos deixa mais satisfeitos ainda porque é o nosso objetivo. O próprio juiz reconhece a credibilidade do Alberto e a efetividade do acordo. Acho que a sentença está dentro dos prognósticos traçados pela defesa. O juiz acolheu a absolvição no que pedimos e a efetividade da colaboração. Nossa intenção é lutar por uma prisão domiciliar o mais rápido possível.”

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