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Novo projeto de Haddad aposta em 5 eixos urbanos

Cinco projetos, com implicações urbanísticas abrangentes, estarão em andamento na cidade até o fim deste mês, um em cada região de São Paulo, e envolvem “âncoras urbanas”, como diz o prefeito Fernando Haddad (PT). Eles são a aposta da Prefeitura para reorganizar o uso do espaço no Município e, segundo Haddad, consequência direta do Plano Diretor, aprovado na Câmara em 2014.

Na zona oeste, o plano é a transferência da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). O maior entreposto comercial da América Latina se tornou entrave da região. Até o fim do mês, deve ser assinado um termo de cooperação entre a Prefeitura, o governo federal e a companhia para a abertura dos estudos de viabilidade técnica dessa mudança – provavelmente para alguma gleba próxima do Rodoanel Mario Covas. O terreno, de 700 mil metros quadrados, então será reurbanizado, pela iniciativa privada, em meio a um bairro de uso misto.

No extremo leste, no bairro de Cidade Tiradentes, a obra envolve um terreno pouca coisa menor – mas completamente ocioso. O lote, de 632 mil metros quadrados, pertence à Prefeitura e deve ser vendido, por preço estimado de R$ 73 milhões – o edital foi publicado em fevereiro. A condição, entretanto, é que a empresa compradora erga ali um complexo comercial e de serviços. “O bairro tem atualmente uma oferta de apenas 4,5 mil empregos. E este empreendimento deve resultar em outros 4 mil”, afirma Wilson Poit, presidente da SP Negócios e da SPTuris.

O complexo cultural e comercial Anhembi Parque, na zona norte, é outro que deve passar por grandes alterações. Considerado pela administração municipal como “defasado”, se comparado com seus principais concorrentes, o local deve ser completamente remodelado, por meio de parcerias público-privadas (PPP). A expectativa é de que sejam ali investidos R$ 150 milhões – e o Anhembi tenha um novo hotel, uma arena para eventos menores e um monotrilho de cerca de 1,1 quilômetro que o ligue diretamente ao Terminal Rodoviário do Tietê e à estação homônima do Metrô.
“Esperamos ter o contrato assinado até o fim do ano”, vislumbra Poit.

Administrado pela Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, o Estádio Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido como Pacaembu, atravessa uma fase de poucos holofotes – e, também por isso, deve passar por reestruturação, até vocacional. Com as inaugurações dos estádios de Corinthians e Palmeiras, a arena municipal vem sendo muito menos usada do que nos anos anteriores. A Prefeitura pretende viabilizar sua modernização mediante concessão.

“A ideia é que ele siga com partidas de futebol e continue funcionando como espaço para práticas esportivas da comunidade, mas pretendemos que também, em um retorno às suas origens, abrigue eventos cívicos e culturais”, diz o secretário de Esportes, Celso Jatene. Após chamamento público, nove grupos se inscreveram. Os projetos devem ser conhecidos em julho e o que for considerado melhor deles será escolhido por uma comissão mista montada pela Prefeitura.

Em processo mais adiantado, o Autódromo José Carlos Pace – de Interlagos – passa por obras desde 2014. Com investimentos de R$ 170 milhões – 95% do governo federal e o restante do Município -, a reforma só deve ser concluída no ano que vem. Mas o circuito já é uma arena multiúso, abrigando festivais e outros eventos.
(Edison Veiga) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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