Os professores da rede estadual de São Paulo, que já haviam decretado estado de greve no último dia 8, decidiram adiar o início da paralisação. Em assembleia realizada nesta sexta-feira, 29, pela Apeoesp, principal sindicato da categoria, eles decidiram esperar até o próximo dia 24 para definir o início da greve.
Segundo Maria Izabel Noronha, presidente do sindicato, os professores querem esperar por uma reunião com o secretário da educação, José Renato Nalini, marcada para o dia 23. Neste encontro, Nalini deve apresentar uma proposta de reajuste.
“Os professores enfrentaram no ano passado uma greve muito longa (90 dias de paralisação, que foi a maior greve da história) e agora querem esperar para iniciar a greve em um momento certo. Mas a mobilização é grande”, disse Maria Izabel.
A categoria está sem reajuste salarial desde junho de 2014. Eles pedem a reposição salarial do período, de 16,6%, e valorização salarial. No ano passado, os professores fizeram a maior greve da história, com paralisação de 90 dias e, mesmo assim, ficaram sem reajuste.
Nalini, no entanto, já afirmou diversas vezes que, por causa da crise financeira, o Estado de São Paulo não teria condições de dar aumento à categoria.
Protesto
Os professores, que se reuniram por volta das 15h no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, decidiram seguir em passeata para a sede do Centro Paula Souza, na Luz, que foi ocupada por estudantes nesta quinta-feira, 28.
“Estudantes e professores estão juntos na luta contra a precarização da educação”, disse a presidente. De acordo com Maria Izabel, cerca de 3 mil professores participaram da assembleia desta sexta-feira. No entanto, o ato foi menor do que o anterior, quando houve uma confusão com estudantes da rede estadual.