Enquanto iniciava o processo de julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, em Brasília, a senadora Marta Suplicy, candidata do PMDB à prefeitura de São Paulo, pedia votos na capital paulista na manhã desta quinta-feira, 25, a pouco mais de 1.000 quilômetros do Congresso Nacional.
Após percorrer as ruas do bairro do Brás, Marta, que não se licenciou do mandato para fazer campanha, disse que sua presença no Senado neste momento do processo “não é imprescindível” e garantiu estar em Brasília na manhã da próxima segunda-feira, 29, “para ouvir o discurso da presidente e votar o impeachment”. “Hoje e amanhã temos acusação e defesa. Fiz parte da comissão de admissibilidade do impeachment, então acompanhei a acusação e defesa por semanas a fio. Sei de cor todos os argumentos. Então, hoje, não é imprescindível minha presença”, disse. No momento da abertura da sessão no Senado, às 9h, apenas 28 dos 81 senadores marcaram presença.
Questionada na semana passada se iria acompanhar o processo do impeachment, Marta disse que a prioridade dela neste momento era a campanha e a votação do impeachment. “Eu vou mas não sei quanto tempo vou ficar. Minha prioridade neste momento é a campanha e a votação do impeachment. Se é para acompanhar todo o processo, não sei. Não sei se vou ficar quatro ou cinco dias”, disse ela na última sexta-feira, 19, após participar de um almoço no Secovi.
Na ocasião, Marta afirmou que não sabia se iria acompanhar o discurso de Dilma no Senado porque não era sua prioridade. “Não é minha prioridade, é a dela, neste momento, estar preocupada com o que ela vai dizer à nação. Não é minha preocupação ouvi-la”, disse.
Marta circulou pelas ruas do Brás, tradicional bairro de comércio popular de roupas, acompanhada de assessores e candidatos a vereador. Percorreu lojas da região e, em uma delas, escolheu uma para levar. A candidata negou receber de presente da lojista a blusa, que foi paga por um militante do PSD jovem.
Ao comentar suas propostas para a região, a peemedebista disse que pretende implantar o Banco do Povo para oferecer crédito fácil e com juros baixos para pequenos empreendedores. “É uma ideia que iniciou comigo, chamada São Paulo Confia, que foi desidratado nas gestões seguintes. Vamos recuperar com mais recursos para que permita financiar aquelas pessoas que querem fazer algum empreendimento ou ampliar seu empreendimento”, disse.