O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) foi o sétimo parlamentar a interpelar o informante Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto Tribunal de Contas da União (TCU). Como líder do PSDB, ele falou em nome de toda a bancada, com o intuito de agilizar o depoimento.
Ao iniciar sua fala, Cássio leu o nome dos demais senadores da bancada tucana, anunciando que faria questionamentos por todos, para responder a um anseio da sociedade de encerrar o julgamento de impeachment o mais brevemente possível.
Entretanto, Cássio não citou o nome de Ricardo Ferraço (PSDB-ES), senador que foi o primeiro a questionar o procurador. A base de Temer fez um acordo para que os parlamentares fossem mais econômicos durante a fase de testemunhas e pronunciamentos para não delongar o julgamento, dessa forma, apenas líderes ou representantes de partido deveriam falar. Ricardo Ferraço não concordou com o acordo.
Ferraço, que não era membro da comissão especial, acompanhou diversas reuniões e, mesmo com acordos para não questionar as testemunhas naquela fase, ele sempre preferiu indagar os depoentes.
Decisão
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, aceitou hoje pedido feito pela defesa de Dilma para declarar Júlio Marcelo de Oliveira impedido de participar como testemunha de acusação. Contudo, Lewandowski decidiu garantir que o procurador do TCU participe do julgamento do processo de impeachment como informante.
Na prática, isso significa que todas as informações que o procurador prestar durante o depoimento de hoje não valerão como provas para a instrução do processo. Colaboraram Igor Gadelha, Isadora Peron e Fábio Fabrini