O Índice Bovespa operou em alta na primeira meia hora de pregão, mas passou a enfrentar instabilidade após a abertura fraca das bolsas de Nova York, que seguem mostrando a preocupação do investidor com a proximidade da eleição presidencial, a ausência de acordo em torno de um pacote de estímulos à economia e o crescimento dos casos de covid-19. Por aqui, o dia é marcado pela divulgação de balanços corporativos importantes.
Às 10h41, o Ibovespa tinha baixa de 0,14%, aos 100.877 pontos, enquanto o índice Dow Jones recuava 0,29% e o S&P500 perdia 0,24%.
O destaque no mercado de ações fica por conta dos papéis do Santander Brasil, que divulgou resultados melhores que o esperado no terceiro trimestre do ano. Apesar de alguns analistas apontarem espaço para nova alta hoje, com resistência à realização de lucros, o papel mostra instabilidade e alterna altas e baixas, chegando inclusive a entrar em leilão, por conta das oscilações bruscas. As demais ações do setor financeiro recuam, também entregues às correções.
Em relatório divulgado esta manhã, o Citi melhorou a projeção de Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020 de queda de 6,5% para contração menos intensa, de 5,8%. O banco cita desempenho da atividade superior ao esperado no terceiro trimestre, quando o PIB deve crescer 6,8% na margem. A projeção para o quarto trimestre, de alta de 0,7%, foi mantida. O Citi também não alterou a estimativa de crescimento de 3,0% do PIB em 2021, mas reforçou que o risco fiscal eleva o perigo de um desempenho aquém do esperado.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça a apoiadores que o País resgatou a credibilidade internacional. Isso gerou, segundo ele, recomendação de compra da moeda brasileira e mostra que a economia está "dando certo". Acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o chefe do Executivo citou como exemplo de bom desempenho a geração de novos empregos.
"O Brasil é um País que resgatou a credibilidade lá fora", disse. O presidente atribuiu o desempenho econômico a atuação dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Agricultura, Tereza Cristina. "A prova tá aqui, brasileiro está vendo mais, está produzindo mais, mais emprego", comentou. Sem entrar em detalhes, emendou: "Lá fora estão recomendando comprar real."