O jornal O Estado de S. Paulo começa a publicar a partir do próximo domingo, 22, uma série de pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo feitas em parceria pelo jornal, Ibope e Associação Comercial de São Paulo. Serão produzidas e divulgadas seis enquetes mensais até o início da campanha eleitoral, em agosto.
Serão testados no eleitorado paulistano nove potenciais candidatos ao cargo de prefeito da maior cidade da América Latina, dona de um orçamento superior a R$ 68 bilhões. Os nomes, no entanto, poderão mudar de acordo com as alianças partidárias formadas no período.
Até agora, já anunciaram disposição em participar do pleito o atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), o ex-governador Márcio França (PSB), a deputada federal Joice Hasselmann (PSL), o deputado estadual Arthur do Val (Patriota) e os ex-secretários municipais Andrea Matarazzo (PSD) e Filipe Sabará (Novo), além do candidato à Presidência em 2018 pelo PSOL, Guilherme Boulos.
No PT, a articulação é para que o ex-prefeito e candidato derrotado na disputa ao Planalto em 2018, Fernando Haddad, aceite tentar retornar ao cargo neste ano. Já o MDB vive a expectativa de lançar o apresentador de TV José Luiz Datena.
Além da preferência do eleitorado, as pesquisas vão levantar quais as principais demandas da população em relação aos serviços públicos, como os de saúde, educação, segurança e mobilidade urbana.
Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alfredo Cotait, o prefeito atua como uma espécie de síndico da cidade e, portanto, deve conhecer bem os seus problemas e ter competência para encaminhar as soluções necessárias. "Diferentemente da eleição de 2018, marcada pelo não, essa tem que ser a eleição do sim. Queremos escolher um candidato qualificado para enfrentar os problemas da cidade, que são muitos."
Outro objetivo das pesquisas, de acordo com Cotait, é avaliar o desempenho dos pré-candidatos na fase anterior à campanha. "Vamos poder acompanhar a evolução desses cotados à disputa. Quem entra, quem sai e como chegam à eleição."
Diretora-geral do Ibope, Márcia Cavallari afirmou que as pesquisas testarão nomes que já se apresentaram como pré-candidatos ou que representam partidos com mais tradição.
Segundo ela, no caso do PT, por exemplo, que deve passar por prévias para escolha do candidato, a primeira pesquisa trabalhou com o nome do ex-secretário Jilmar Tatto. "Estatísticas do próprio partido mostram que ele tem mais chance de ser o indicado, mas isso pode mudar se o cenário for outro no mês que vem."
O primeiro levantamento será resultado de entrevistas realizadas entre a terça-feira, 17, e esta quinta-feira, 19, em todas as regiões de São Paulo, com 1.001 pessoas.
<b>Apoio</b>
As pesquisas também darão uma mostra da influência que os padrinhos políticos poderão exercer neste ano. Foram incluídas nas entrevistas perguntas sobre apoiadores dos cotados para a disputa, como, por exemplo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador João Doria (PSDB).
Após sair do PSL, Bolsonaro não declarou apoio formal a nenhum nome. Já Doria defende a reeleição de Covas. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>