Com 485 alunos e notas acima das projeções esperadas para o ano, a Escola Municipal Padre Manoel de Paiva foi o destaque da rede municipal tanto nos anos iniciais como nos finais do ensino fundamental, com 7,3 e 6 no índice, respectivamente. Localizada no Jardim Vila Mariana, na zona sul, o sucesso é atribuído aos sistemas de ensino integrais implementados em seis dos nove anos oferecidos pela unidade, além da dedicação e do treinamento continuado dos professores do local.
Para os estudantes dos anos iniciais, o foco é para que atinjam o nível adequado de alfabetização o quanto antes, para que possam ser desenvolvidas outras capacidades nas séries seguintes; para os mais velhos, há a aposta na formação com auxílio de música e artes.
Os pais lembram também que os docentes estão há muito tempo lecionando na escola, o que é apontado como diferencial por conhecerem as características da região e dos alunos. “Meu filho estudou aqui e agora, minha neta. Sempre soubemos da qualidade, que era a melhor do bairro, mas que é a melhor da cidade é novidade para mim”, disse a comerciante Regina Helena, de 56 anos.
O prédio dos anos 1960 é bem conservado e com estruturas como salas de informática, leitura e artes. Da última avaliação para a nota de 2015, o salto foi de 2,1 pontos nos anos iniciais e de um ponto, nos finais. “As professoras são atenciosas e têm tempo para conversar conosco sobre como anda a educação. Não tenho do que reclamar”, disse a balconista Joice Franklin, de 36 anos.
O modelo de ensino, no entanto, também recebe críticas. A psicóloga Joana Pagliarini, de 36 anos, pretende mudar a filha, que está no 2.º ano, em 2017. “São 29 crianças na mesma sala, o que acho cheio porque o professor não consegue acompanhar”, disse. “Talvez ela seja uma exceção, mas certamente enfrenta dificuldades no aprendizado”, acrescentou Joana. A Prefeitura não comentou a reclamação.
Piores
Na outra ponta da lista, a 13 quilômetros da Manoel de Paiva, o destaque negativo foi para a Escola José de Alcântara Machado Filho, no Real Parque, com índice de 1,3 nos anos finais. Nos anos iniciais, a pior colocação foi da Escola Frei Antonio Santana Galvão, com 3,8. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.