Cinco casos confirmados de zika este ano assustam a pequena Turiúba, cidade de 2.009 habitantes, na região noroeste do Estado de São Paulo. A proporção é de um doente em cada 400 habitantes. O número é igual ao de casos já confirmados de dengue, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com a secretária municipal de Saúde, Maria Cristina Garcia, um caso de zika foi confirmado em exames do Instituto Adolfo Lutz e os demais por diagnóstico clínico. Nenhum deles envolve mulheres grávidas.
De acordo com a secretária, o trabalho da Vigilância Epidemiológica foi essencial para detectar a doença. “Tivemos o primeiro caso possivelmente importado, pois a pessoa viajou para outra cidade. A partir daí, passamos a procurar outros casos suspeitos.” A cidade é a única na região com casos confirmados de zika, o que a secretária atribuiu a esse trabalho de busca ativa. “Pode haver casos em outros municípios que não foram detectados”, diz.
Primeiro a apresentar a doença, Otávio Pereira Trindade conta que teve dores de cabeça, febre e inchaço nas articulações há pouco mais de um mês. O resultado dos exames, na semana passada, confirmou o vírus da zika. Ele havia estado em Araçatuba, cidade próxima, mas não faz ideia de onde se contaminou. Outros dois homens e duas mulheres também pegaram a doença, mas todos estão bem.
Segundo a secretária, a presença do vírus gerou um clima de alerta na cidade. As grávidas estão sendo acompanhadas. “Agora, as pessoas estão pedindo para os agentes antidengue irem às suas casas.” Até o fim do mês, os pouco mais de 700 imóveis da área urbana serão vistoriados. “Temos sete agentes e um supervisor trabalhando aos sábados, com custeio das diárias pelo Ministério da Saúde.”