Dólar recua em meio a otimismo no exterior

O otimismo externo após a China afirmar que continua comprando soja dos EUA embala a queda do dólar no exterior e no mercado doméstico. Nesta segunda-feira, o dólar subiu ante o real, contrariando a queda lá fora, com investidores reforçando posições defensivas em meio a tensões políticas locais após os protestos a favor da democracia e contra o governo Bolsonaro no domingo, em São Paulo.

A melhora do ambiente nesta terça antecede "as expectativas do mercado de uma brutal queda mensal da produção da indústria em abril", que será conhecido amanhã", diz a Renascença DTVM. A agenda econômica do dia é fraca e a cena política interna permanece no radar.

A pauta do Congresso será monitorada. O plenário do Senado deve votar nesta terça-feira o PL que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, já chamada de Lei das Fake News. E a Câmara dos Deputados realiza sessão virtual, a partir das 15h, para apreciar a MP 944, que libera crédito para pagamentos de salários e foca em micro e pequenas empresas.

Além disso, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, marcou para o dia 10 o julgamento sobre a continuidade ou não das apurações do inquérito das fake news. E a Procuradoria-Geral da República (PGR) vai avalizar pedido da Polícia Federal (PF) para prorrogar por 30 dias as investigações sobre a suposta tentativa do presidente Jair Bolsonaro de interferir politicamente na corporação. O procurador-geral da República, Augusto Aras, também vai pedir que Bolsonaro preste depoimento por escrito.

Em entrevista ontem à GloboNews, Aras disse que Bolsonaro esqueceu de "combinar" com ele sobre o arquivamento do inquérito que apura se houve interferência política na Polícia Federal. O presidente disse recentemente acreditar no "arquivamento natural" do caso. Cabe a Aras decidir se denuncia ou não Bolsonaro. O <b>Broadcast</b>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que a tendência é que Aras peça o arquivamento do caso.

Mais cedo, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou deflação em todas as sete capitais que compõem a amostra no fechamento de maio. No mês, o indicador cheio caiu 0,54% e ficou 0,36 ponto porcentual abaixo da taxa de abril (-0,18%), segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Às 9h23 desta terça, o dólar à vista caía 1,22%, a R$ 5,3226. O dólar futuro para julho recuava 0,80%, a R$ 5,3320.

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