Economia

Violência sobe 55% em áreas de UPPs no Rio

Os casos de letalidade violenta (a soma dos registros de homicídios dolosos, homicídios decorrentes de intervenções policiais, roubos seguidos de morte e lesões corporais seguidas de morte) em áreas policiadas por Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio aumentaram 55% no primeiro semestre de 2015, em comparação com o mesmo período do ano passado. O número subiu de 47 para 73 casos. Sobre o semestre imediatamente anterior, quando foram registrados 50 casos, o aumento foi de 46%.

O índice já estava crescendo desde o segundo semestre de 2013, mas em ritmo menos acelerado: dos 34 casos do primeiro semestre daquele ano seguiram-se 42 no segundo semestre de 2013 (aumento de 23,5% sobre o semestre anterior), 47 casos no primeiro semestre de 2014 (crescimento de 38% sobre o mesmo período do ano anterior), 50 no segundo semestre e agora 73 casos. Não havia um número tão alto de casos desse tipo desde o primeiro semestre de 2010, quando foram registrados 84 episódios de letalidade violenta.

A estatística foi divulgada nesta segunda-feira, 16, pelo Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP), órgão subordinado à Secretaria Estadual de Segurança. A maior concentração de casos aconteceu em quatro comunidades policiadas por duas UPPs do centro: Coroa, Fallet e Fogueteiro, que têm UPP desde fevereiro de 2011, e São Carlos, cuja UPP foi inaugurada em maio de 2011. Nessas áreas, durante o mês de maio, aconteceram 11 homicídios, atribuídos pela polícia a uma disputa entre facções criminosas rivais. Neste mês, o total de homicídios em áreas com UPP chegou a 17.

O número de homicídios dolosos (intencionais) aumentou 60% em relação ao mesmo período de 2014: de 35 para 56. As mortes decorrentes de intervenção policial (homicídios praticados por policiais) subiram de 11 para 17 (aumento de 54,5%). O número de policiais mortos em serviço não mudou significativamente. Foram seis no primeiro semestre de 2015 e cinco no mesmo período de 2014.

Enquanto os crimes contra a vida subiram, os contra o patrimônio caíram. Foram 324 casos de roubos de rua em 2015, ante 371 em 2014, queda de 12,7 pontos porcentuais.

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