Na passagem de maio para junho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), acelerou de 0,30% para 0,41%, com forte contribuição de Bens Finais. Esse grupo passou de uma variação de 0,50% para 0,60% na mesma base de comparação.
No estágio final da produção, os principais responsáveis pela aceleração foram o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de -2,62% para 1,80%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,51%. Em maio, a taxa foi de 0,95%.
O índice referente a Bens Intermediários dentro do IPA apresentou desaceleração, ao sair de 0,81% em maio para 0,36% em junho. O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,92% para 0,30%. Vale destacar que o índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,39%, ante 0,79%, em maio.
No estágio inicial da produção, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou 0,24%, em junho. Em maio, o índice registrou variação de -0,60%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: soja (em grão) (-4,07% para -0,44%), aves (-3,60% para 0,98%) e suínos (-6,18% para 6,98%). Em sentido oposto, destacam-se: cana-de-açúcar (1,10% para -0,72%), bovinos (0,87% para -0,26%) e algodão (em caroço) (11,53% para 1,95%).
Principais influências
De acordo com a FGV, entre as maiores influências de alta no IPA de junho estão minério de ferro (de 4,16% para 5,90%), batata-inglesa (de 10,46% para 20,72%), carne bovina (de 3,21% para 2,58%), ovos (de -11,04% para 4,58%) e adubos e fertilizantes (-2,83% para 3,93%).
Já na lista de maiores influências negativas estão tomate (de 11,23% para -17,10%), milho em grão (de -7,46% para -4,21%), farelo de soja (de -7,64% para -3,78%), mandioca (aipim) (de -5,26% para -6,28%) e arroz em casca (de -0,96% para -3,67%).