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Bancadas do PT, PDT, PPS, PCdoB e Rede do Senado vão à PGR contra Romero Jucá

PT, PDT, Rede, PCdoB e PPS entraram nesta terça, 25, com uma representação contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR) na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo a instauração de procedimento investigatório para apurar a gravação onde o peemedebista conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Em outra frente, os petistas pedirão nesta quarta, 25, a paralisação dos trabalhos da comissão especial do impeachment no Senado até que o caso seja esclarecido.

Para os 15 senadores que assinam o pedido, Jucá agiu para obstruir a Operação Lava Jato e buscou influenciar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Pedimos que a PGR dê celeridade a esse processo. A conversa deixa muito claro de que ele constrói todo um ambiente para viabilizar o impeachment da senhora presidente e, ao mesmo tempo, para impedir o andamento das investigações pela Lava Jato”, disse o senador José Pimentel (PT-CE). Diferentemente do PSOL da Câmara, os senadores não sugerem a prisão preventiva do peemedebista. “A prisão é um desdobramento por parte do procurador-geral”, justificou Pimentel.

No pedido de investigação, os parlamentares pedem que Jucá seja impedido de voltar a ocupar o Ministério do Planejamento e que, ao voltar a circular no Senado, Jucá seja impedido de frequentar lugares, ter contado com pessoas ou usar da função parlamentar para criar obstáculos à Lava Jato. A representação é assinada por 10 senadores do PT, mais os senadores Cristovam Buarque (PPS-DF), Reguffe (sem partido-DF), Telmário Mota (PDT-RR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O pedido é uma ação paralela dos parlamentares à representação do PDT no Conselho de Ética no Senado, mas segundo Pimentel, os pedidos têm a mesma fundamentação.

“Bandidos”

Os senadores acreditam que o caso de Jucá é mais grave do que a gravação do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) porque vai além da tentativa de cerceamento da Justiça, atinge o afastamento da presidente Dilma Rousseff e fala em “acordo” com todos os setores. “Jucá era o maior articulador do impeachment no Senado. Era Eduardo Cunha na Câmara e ele no Senado”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que fará uma questão de ordem na reunião da comissão do impeachment pedindo a suspensão dos prazos.

Lindbergh lembrou as críticas feitas pelos jornais internacionais ao processo de impeachment e disse que o País se transformou em “republiqueta”. “Parece uma quadrilha parlamentar tentando afastar uma presidente honrada, honesta”, emendou.

O senador ironizou as declarações do presidente em exercício, Michel Temer, sobre sua experiência em “tratar com bandidos” quando foi Secretário da Segurança Pública de São Paulo. “Nós estranhamos a declaração, foi quase que uma autoconfissão”, comentou.

O petista disse que o atual governo é fraco, vacilante e que se desgasta há 12 dias. “Na minha avaliação esse governo não se sustenta por mais três meses. A gente só está esperando os novos fatos”, afirmou.

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