A Federação Única dos Petroleiros (FUP) aprovou nesta segunda-feira, 6, o indicativo de greve na Petrobras no próximo dia 24. A paralisação abrangerá todas as áreas operacionais e administrativa da companhia por 24 horas, conforme decisão da diretoria da Federação, reunida em São Paulo.
A decisão ainda será referendada por assembleias dos sindicatos estaduais da categoria, mas a avaliação dos dirigentes sindicais é de adesão à paralisação.
A mobilização vai questionar a proposta de venda de ativos, reestruturação e corte de investimentos anunciada pela direção da Petrobras na semana passada. Além disso, o movimento também pretende criticar o projeto de lei apresentado pelo senador José Serra (PSDB-SP) que propõe alterar o marco regulatório do pré-sal e retirar da estatal a obrigatoriedade de participar com pelo menos 30% de todos os consórcios – além de atuar como operadora única das áreas de pré-sal.
A partir do dia 14, os petroleiros pretendem iniciar uma série de manifestações e atos em diferentes segmentos da companhia, como forma de mobilizar a categoria para a greve geral. Estão previstos atos como bloqueio, assembleias, paralisações e panfletagem em diferentes unidades da estatal, como gasodutos, refinarias, escritórios administrativos e em diferentes áreas de negócios.
“A paralisação é por conta do projeto de mudança da legislação, e também pelo novo plano de negócios, que prevê uma brutal redução dos investimentos, venda de ativos e abertura de capital da BR Distribuidora, além de não apontar para retomada de obras importantes, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)”, afirmou o líder sindical José Maria Rangel, um dos diretores da FUP. “As assembleias ainda vão definir a aprovação do ato, mas diante do clima de apreensão da categoria, não temos dúvidas de que será aprovada”, completou.