A prisão de Delcídio Amaral (PT-MS) já traz implicações negativas para o governo. Com reunião do Congresso Nacional cancelada em razão da detenção do senador, o principal prejuízo foi o adiamento da votação sobre a nova meta fiscal. Outras pautas prioritárias e ligadas ao ajuste do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também seguem prejudicadas. Dentro da bancada do PT, a ordem é não perder o ânimo e correr para aprovar o que for preciso.
“O esforço é não deixar nada parar, tocar e concluir o ano apontando as saídas da economia para entrar em 2016 com outro clima, outras condições”, afirmou Paulo Rocha (PT-PA). Para o senador, Delcídio dialogava com a oposição e demais setores da máquina política, mas outros articulares estão preparados para dar sequência às pautas de interesse do governo.
A estratégia é dar espaço a outros nomes que já participavam da articulação. “Naturalmente, o Delcídio sempre dava uma ajuda em questões do orçamento, mas o grande articulador no Congresso é o (José) Pimentel (PT-CE)”, argumenta Humberto Costa (PT-PE). Outros senadores que devem assumir protagonismo são os peemedebistas Romero Jucá (RR) e Eunício Oliveira (CE). Recém-chegado ao partido da base, Blairo Maggi (PR), também tem bom trânsito com demais parlamentares.
Prioridade
A meta fiscal é a maior preocupação do governo atualmente. Correndo o risco de ter as contas reprovadas novamente e estar suscetível a pedidos de impeachment, a presidente Dilma Rousseff buscava um relaxamento da meta que, em vez de superávit, lhe permitisse um déficit de R$ 119,9 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.