O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 1,1% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 8. Com isso, o índice atingiu 65,7 pontos. Em maio, o IAEmp havia subido 0,3%.
Este é o quarto mês consecutivo em que o indicador se mantém em níveis comparáveis aos do pior momento da crise internacional de 2008-2009. Segundo a instituição, o resultado sinaliza, para os próximos meses, a manutenção da tendência de desaquecimento do mercado de trabalho observada desde o início do ano.
“Os resultados mostram a tendência de deterioração do emprego, principalmente na indústria. Mas as demissões no setor de serviços também devem continuar, com a perspectiva de piora do ambiente de negócios”, avaliou o economista Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV, em nota oficial.
Cinco dos sete componentes do IAEmp pioraram em junho. A maior contribuição individual para a queda foi dada pelo indicador que retrata o ímpeto de contratações na indústria nos três meses seguintes (-3,9%). Na sequência, a segunda principal influência veio do indicador que mede as expectativas com a tendência dos negócios do setor de serviços nos seis meses seguintes (-3,1%).
O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.