O advogado do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Marcelo Nobre, deixou o Conselho de Ética na tarde desta quarta, 1º, acusando o relator Marcos Rogério (DEM-RO) de “manobrar” no parecer. Segundo o advogado, Rogério não encontrou provas materiais de que Cunha tem contas no exterior. “Se espremer as 90 páginas do voto do relator, você só encontrará manobras”, afirmou.
Nobre disse que vai aguardar a votação do parecer para decidir quais recursos vai impetrar. Ele disse ter “esperanças” de que os conselheiros não entrem na “manobra” do relator porque não haveria, em sua avaliação, nem elementos para uma punição leve. “Tinha de ser o arquivamento. É lógico que a cassação foi forte”, comentou.
O advogado disse que o voto de Rogério foi “emocional” e não “casa com a razão”. Nobre disse que o colegiado não tem poder de investigação, portanto não poderia provar as contas bancárias no exterior. “Não se pode confundir essa conta de truste com o nome dele”, insistiu.