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Tucanos negociam com Temer espaço para formular ações

PSDB e PMDB começaram na quarta-feira, dia 1º, a montar o embrião de um projeto político nacional liderado pelas duas legendas. Numa conversa entre o presidente em exercício Michel Temer e o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), ficou combinado que os tucanos ganhariam maior espaço e peso na discussão e formulação das discussões políticas e econômicas do governo.

Mais: essa parceria serviria como a largada para um projeto maior, tendo como mote uma grande “reconstrução nacional”, que se oponha claramente ao que representa o projeto liderado pelo PT. Se a aliança for bem sucedida, a ideia é trabalhar para que seja mantida nas eleições de 2018.

A discussão já foi tratada com a bancada tucana no Senado, num jantar com Temer, no Palácio do Jaburu. Antes, o encontro foi acertado numa conversa entre o presidente em exercício com Aécio. Na ocasião, Temer procurou Aécio com a disposição para convidar o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) para ocupar o posto de líder do governo.

Aécio disse que isso seria positivo apenas se o PSDB pudesse ser parte ativa na formulação do governo e não apenas um ocupante de cargos, desconectado dos rumos que o Planalto decidiria.

Temer concordou com o líder tucano e disse que sua proposta era justamente essa: ampliar a participação do PSDB nessas discussões internas e nas propostas que seriam feitas para tirar o País da crise econômica e política. Aécio pediu para que o presidente dissesse isso para a bancada do partido, o que Temer aceitou. O jantar teve também a presença do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), que acabou de deixar o Ministério do Planejamento.

O próprio papel de Aloysio como líder terá importância central nesse movimento. “Ele não será um mero líder de WhatsApp, que recebe a ordem do Planalto pelo telefone, como ocorria com o governo anterior. Será um formulador de propostas”, disse Aécio.

Um dos primeiros pontos que Aloysio já deve discutir no Senado é a reforma política. Como será difícil fazer algo mais aprofundado nesse momento, a discussão poderá priorizar ao menos o fim das coligações proporcionais, proposta defendida pelos tucanos.

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