Economia

ABC Brasil: varejo corrobora expectativa de que 2º trimestre será o pior do ano

O resultado da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de maio corrobora a expectativa de que o segundo trimestre de 2015 deve ser o pior do ano, segundo a economista do Banco ABC Brasil Natalia Cotarelli. Mesmo assim, ela não acredita que o segundo semestre registre um momento melhor para a atividade varejista, já que o cenário é de deterioração da renda e de menor ritmo de crescimento do crédito. “Não esperamos nenhum recuperação robusta do varejo neste ano. No último trimestre, talvez, a economia como um todo tenha uma leve recuperação”, estimou a especialista.

Em maio, as vendas no varejo restrito registraram retração de 0,9% na comparação com abril e de 4,5% ante maio de 2014. No varejo ampliado, que engloba veículos e construção civil, a retração foi de 1,8% na margem e de 10,4% na comparação interanual. Para Natalia, é preocupante o fato de a queda nas vendas do setor estar disseminada e um dos destaques do resultado ruim de maio, ressalta, é a contração no setor de supermercados, que tem um peso significativo no indicador.

Questionada sobre a provável reação do Banco Central (BC) a mais um dado fraco da atividade, a economista do banco ABC Brasil estimou que a autoridade monetária deve manter o ritmo de alta da taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual na reunião deste mês. “O BC colocou como meta fazer a inflação chegar em 4,5% no quarto trimestre de 2016 e deve continuar com o ritmo de alta, apesar da desaceleração econômica”, afirmou. Para ela, o objetivo final do BC é conter as expectativas inflacionárias para o ano que vem.

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