Após a prisão pela Polícia Militar na última sexta-feira, 18, de um dos suspeitos de ter agredido o médico Benício Orlando Saraiva Leão Filho, de 39 anos, os investigadores chegaram a outro envolvido, um adolescente já identificado e que deve ser ouvido nesta semana, de acordo com o delegado titular do 93º Distrito Policial, Paulo Arbues.
O médico foi atacado em 4 de dezembro, na saída de uma festa irregular realizada no Campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste. Leão Filho morreu uma semana depois por causa dos ferimentos.
Tarcísio Fernandes Peres, de 18 anos, preso na sexta-feira, foi interrogado por policiais civis e teve decretada a prisão temporária por 30 dias. Ele responderá por homicídio qualificado.
Imagens das câmeras de segurança da USP mostram que o médico esbarrou seu carro em uma bicicleta que estava na via, provocando uma discussão entre ele e duas pessoas. Leão saiu do carro com um objeto não identificado na mão, e a dupla recuou. Em seguida, outras pessoas aparecem na cena para ajudar os dois homens, momento em que um tumulto tem início. Uma delas acerta uma pedra no médico. O objeto que estava em sua mão e sua mochila, que estava no interior do veículo, foram roubados após as agressões.
A USP, à época, lamentou o episódio e afirmou que a festa, chamada Quinta e Breja, não tinha sido autorizada pela universidade. O evento aconteceu nas imediações da Escola de Comunicações e Artes (ECA). A promoção, organização ou realização de qualquer festa é proibida pelo regulamento da universidade, a não ser com autorização prévia.
Segundo o superintendente de Segurança da USP, Antonio Visintin, se o responsável for um aluno, poderá haver expulsão. Ainda de acordo com Visintin, a PM comunitária não age no local da festa, pois se trataria de um espaço do Sindicato dos Servidores da USP. A entidade nega ter ligação com o local.