O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) adiou para o fim da tarde a representação que faria no Conselho de Ética contra o senador Delcídio Amaral (PT-MS) para reunir reforço de outros partidos. “Uma das razões de termos adiado a representação foi aguardar mais tempo para ver se mais partidos a subscrevem”, informou.
A entrega dos documentos, que estava marcada para 12h, foi adiada para 16h30. Ainda segundo Randolfe, um dos motivos é aguardar a chegada do líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), que ainda não está em Brasília. Randolfe afirmou que o PPS também vai subscrever o documento, mas que PSDB e outros partidos não estão confirmados.
Segundo Randolfe, o texto da representação cita os autos da investigação contra Delcídio e argumenta a detenção como quebra de decoro. “A representação defende que a condição de um senador da República estar preso e as razões da detenção são incompatíveis com o decoro parlamentar.”
O líder da Rede Sustentabilidade no Senado também negou que Marina Silva vá assinar a representação. De acordo com a Constituição, a representação pela suspensão ou cassação de mandato deve ser feita por partido político. Neste caso, o documento deveria ser assinado pelo presidente do partido, mas Randolfe argumenta que a Rede não possui um presidente e a tarefa caberia aos porta-vozes oficiais da legenda.
“A Marina é membro da Executiva, mas não é porta-voz. Quem tem que assinar oficialmente é quem tem o registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas a decisão foi tomada em comum acordo com a Marina, ela está ciente”, informou. De acordo com Randolfe, o documento será assinado pela porta-voz Gabriela Barbosa, do Distrito Federal.